Com uma premissa simples
que é contar a história de origem de uma das heroínas mais consagradas dos
quadrinhos e um ícone do feminismo; que em poucas palavras é um movimento de
mulheres para adquirirem maior reconhecimento e direito de igualdade entre os
homens; Mulher-Maravilha (Dirigido por Patty Jenkins e protagonizado pela atriz
Gal Gadot) pode ser considerado como um “sopro de alívio” para o Universo da DC
Comics nos cinemas que vinha ameaçando perder sua credibilidade e sua fama
desde o fracasso por parte das críticas e da maioria dos fãs que foi Esquadrão
Suicida no ano anterior após o lançamento do polêmico e ainda muito comentado
Batman vs Superman: A Origem da Justiça.
Como mencionado
anteriormente, Mulher-Maravilha possui uma premissa simples, mas, que funciona
perfeitamente bem do começo ao fim épico. O objetivo do longa era basicamente
contar uma história de origem da heroína desde sua criação em Themyscira até
seu primeiro contato com o mundo dos homens durante a Primeira Guerra Mundial
sem muitas conexões com tanto os filmes antecessores do Universo da DC Comics
como os mencionado anteriormente quanto com os filmes que o sucederão como Liga
da Justiça (Que tem estreia ainda para esse ano) entre outros.
Ao contrário dos roteiros
de Batman vs Superman: A Origem da Justiça e principalmente de Esquadrão
Suicida, o roteiro de Mulher-Maravilha, além de bem estruturado em si mesmo sem
nenhum furo visível em primeiro momento, conta com uma facilidade a história de
origem da heroína passando de seu relacionamento com Hipólita e Antíope além
das demais Amazonas de Themyscira para a história de amor equilibrada e sincera
com Steve Trevor para os momentos cômicos e que também mostram tratamento
destinado a mulheres durante a Primeira Guerra Mundial com Etta Candy terminado
por fim na construção de um relacionamento, tanto cômico quanto sincero, com sua
pequena equipe, que possui grande valor na formação da princesa da Ilha Paraíso
em uma guerreira, formada pelo árabe Sameer, pelo escocês Charlie e pelo
nativo-americano Chefe, que também pode ser considerado como um grande exemplo
de outras formas de preconceito e opressão.
Além disso, o roteiro
também é capaz de mudar o tom do filme de fantasioso e calmo das cenas em Themyscira
para sombrio e realista tanto nas cenas em Londres da Primeira Guerra Mundial
quanto nas de batalha tanto nas que são protagonizadas pela
Mulher-Maravilha/Diana Prince quanto pelas que são protagonizadas por
personagens coadjuvantes como Trevor de modo impressionante, sem ser exagerado
e apressado como nas cenas, principalmente, de Esquadrão Suicida.
O relacionamento amoroso
entre Diana e Trevor é bem desenvolvido de modo semelhante ao relacionamento
entre Clark Kent e Lois Lane em Homem de Aço, e é perceptível a química que é
desenvolvida entre os dois desde o momento em que ela o acompanha em direção a
Londres, saindo da Ilha Paraíso para que por fim inicie um caminho próprio de
auto descoberta para se tornar uma guerreira Amazona tão boa quanto Antíope.
Um dos pontos altos do
longa é o quão inocente, pura e curiosa Diana é ao entrar no mundo dos homens
pela primeira vez após apenas ouvir histórias sobre ele (A história da criação
da Ilha Paraíso e das Amazonas é contada em uma versão de ninar, algo que é
impressionante). O modo como ela age diante de tudo o que é novo é semelhante
ao modo como qualquer um agiria ao estar diante de algo que nunca tenha visto
em sua vida, mas, apenas ouvido falar.
Doutora Veneno, que tinha
tudo para ser uma personagem extremamente mal trabalhada com poucas cenas que
tentassem passar ao público a sensação de uma vilã, é uma excelente personagem;
seu relacionamento com o General Ludendorff, mesmo que por vezes aparentemente
abusivo demonstrando o modo como às mulheres eram tratadas naquela época,
principalmente quando as mesmas vinham de países sub desenvolvidos, funciona
extremamente bem dentro dos dois primeiros atos do filme. Já o vilão Ares é,
sem dúvida, o melhor vilão apresentado até o momento no Universo da DC Comics,
superando até mesmo General Zod de Homem de Aço. Suas motivações são bem
explicadas desde o inicio do filme e são totalmente claras, ao contrário das
motivações de Lex Luthor que mesmo sendo explicadas no inicio do filme para o
publico, por vezes, permanece confusa.
Ares é tão bem
desenvolvido de um modo como Magia, a vilã de Esquadrão Suicida, também tinha
potencia para ser desenvolvida. Uma entidade mágica que sem necessariamente
estar em uma cena era capaz de influenciar a decisão de determinados
personagens para que desse modo os humanos se destruíssem sem que o vilão
precisasse realmente interagir com eles, tanto que Ares, em sua forma como Deus
Grego, interage apenas com a Mulher-Maravilha. Em nenhum momento, o vemos em
sua forma grega interagindo com outros humanos.
Mulher-Maravilha é sem
sombra de dúvidas um dos melhores filmes baseados em quadrinhos deste ano. Nós,
fãs, esperamos que sinceramente Liga da Justiça siga o mesmo caminho e que em
pouco tempo, o Universo da DC Comics possa se restabelecer novamente deixando
fracassos no passado e caminhando para um futuro brilhante.
Estes tipos de filmes são dos meus preferidos, por que me diverte por um tempo. Wonder Woman filme é um dos melhores filmes que estreou o ano passado. É uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. É um dos melhores filmes de super-heróis gostaría que vocês vissem pelos os seus próprios olhos, se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. Eu gosto da forma em que ela esta contada, faz a historia muito mais interessante. Gal Gadot é ótima porque mostrou com perfeição a jornada de uma deusa, uma guerreira e uma mulher. Eu recomendo!
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