quinta-feira, 8 de junho de 2017

Mulher-Maravilha (Wonder Woman) - Crítica.

Imagem relacionada
 Com uma premissa simples que é contar a história de origem de uma das heroínas mais consagradas dos quadrinhos e um ícone do feminismo; que em poucas palavras é um movimento de mulheres para adquirirem maior reconhecimento e direito de igualdade entre os homens; Mulher-Maravilha (Dirigido por Patty Jenkins e protagonizado pela atriz Gal Gadot) pode ser considerado como um “sopro de alívio” para o Universo da DC Comics nos cinemas que vinha ameaçando perder sua credibilidade e sua fama desde o fracasso por parte das críticas e da maioria dos fãs que foi Esquadrão Suicida no ano anterior após o lançamento do polêmico e ainda muito comentado Batman vs Superman: A Origem da Justiça.
 Como mencionado anteriormente, Mulher-Maravilha possui uma premissa simples, mas, que funciona perfeitamente bem do começo ao fim épico. O objetivo do longa era basicamente contar uma história de origem da heroína desde sua criação em Themyscira até seu primeiro contato com o mundo dos homens durante a Primeira Guerra Mundial sem muitas conexões com tanto os filmes antecessores do Universo da DC Comics como os mencionado anteriormente quanto com os filmes que o sucederão como Liga da Justiça (Que tem estreia ainda para esse ano) entre outros.
 Ao contrário dos roteiros de Batman vs Superman: A Origem da Justiça e principalmente de Esquadrão Suicida, o roteiro de Mulher-Maravilha, além de bem estruturado em si mesmo sem nenhum furo visível em primeiro momento, conta com uma facilidade a história de origem da heroína passando de seu relacionamento com Hipólita e Antíope além das demais Amazonas de Themyscira para a história de amor equilibrada e sincera com Steve Trevor para os momentos cômicos e que também mostram tratamento destinado a mulheres durante a Primeira Guerra Mundial com Etta Candy terminado por fim na construção de um relacionamento, tanto cômico quanto sincero, com sua pequena equipe, que possui grande valor na formação da princesa da Ilha Paraíso em uma guerreira, formada pelo árabe Sameer, pelo escocês Charlie e pelo nativo-americano Chefe, que também pode ser considerado como um grande exemplo de outras formas de preconceito e opressão.
  Além disso, o roteiro também é capaz de mudar o tom do filme de fantasioso e calmo das cenas em Themyscira para sombrio e realista tanto nas cenas em Londres da Primeira Guerra Mundial quanto nas de batalha tanto nas que são protagonizadas pela Mulher-Maravilha/Diana Prince quanto pelas que são protagonizadas por personagens coadjuvantes como Trevor de modo impressionante, sem ser exagerado e apressado como nas cenas, principalmente, de Esquadrão Suicida.
 O relacionamento amoroso entre Diana e Trevor é bem desenvolvido de modo semelhante ao relacionamento entre Clark Kent e Lois Lane em Homem de Aço, e é perceptível a química que é desenvolvida entre os dois desde o momento em que ela o acompanha em direção a Londres, saindo da Ilha Paraíso para que por fim inicie um caminho próprio de auto descoberta para se tornar uma guerreira Amazona tão boa quanto Antíope.
 Um dos pontos altos do longa é o quão inocente, pura e curiosa Diana é ao entrar no mundo dos homens pela primeira vez após apenas ouvir histórias sobre ele (A história da criação da Ilha Paraíso e das Amazonas é contada em uma versão de ninar, algo que é impressionante). O modo como ela age diante de tudo o que é novo é semelhante ao modo como qualquer um agiria ao estar diante de algo que nunca tenha visto em sua vida, mas, apenas ouvido falar.
 Doutora Veneno, que tinha tudo para ser uma personagem extremamente mal trabalhada com poucas cenas que tentassem passar ao público a sensação de uma vilã, é uma excelente personagem; seu relacionamento com o General Ludendorff, mesmo que por vezes aparentemente abusivo demonstrando o modo como às mulheres eram tratadas naquela época, principalmente quando as mesmas vinham de países sub desenvolvidos, funciona extremamente bem dentro dos dois primeiros atos do filme. Já o vilão Ares é, sem dúvida, o melhor vilão apresentado até o momento no Universo da DC Comics, superando até mesmo General Zod de Homem de Aço. Suas motivações são bem explicadas desde o inicio do filme e são totalmente claras, ao contrário das motivações de Lex Luthor que mesmo sendo explicadas no inicio do filme para o publico, por vezes, permanece confusa.
 Ares é tão bem desenvolvido de um modo como Magia, a vilã de Esquadrão Suicida, também tinha potencia para ser desenvolvida. Uma entidade mágica que sem necessariamente estar em uma cena era capaz de influenciar a decisão de determinados personagens para que desse modo os humanos se destruíssem sem que o vilão precisasse realmente interagir com eles, tanto que Ares, em sua forma como Deus Grego, interage apenas com a Mulher-Maravilha. Em nenhum momento, o vemos em sua forma grega interagindo com outros humanos.

 Mulher-Maravilha é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes baseados em quadrinhos deste ano. Nós, fãs, esperamos que sinceramente Liga da Justiça siga o mesmo caminho e que em pouco tempo, o Universo da DC Comics possa se restabelecer novamente deixando fracassos no passado e caminhando para um futuro brilhante. 

Um comentário:

  1. Estes tipos de filmes são dos meus preferidos, por que me diverte por um tempo. Wonder Woman filme é um dos melhores filmes que estreou o ano passado. É uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. É um dos melhores filmes de super-heróis gostaría que vocês vissem pelos os seus próprios olhos, se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. Eu gosto da forma em que ela esta contada, faz a historia muito mais interessante. Gal Gadot é ótima porque mostrou com perfeição a jornada de uma deusa, uma guerreira e uma mulher. Eu recomendo!

    ResponderExcluir