sábado, 27 de maio de 2017

The Flash (3ª Temporada) - Crítica.

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 Após duas excelentes temporadas com pouquíssimos furos de roteiro, o desenvolvimento da terceira temporada de The Flash foi um tanto quanto ruim ao abrir questões difíceis de serem resolvidas e em seguida, apresentando soluções extremamente simples que não foram capazes de fazer com que os fãs “vibrassem” ao verem essas soluções serem desenroladas ao longo da trama dos episódios. Um exemplo destas soluções extremamente simples está relacionado a morte de Íris West que conseguiu deixar os fãs tristes por cinco minutos, no máximo, por ser tão previsível. 
 A terceira temporada começou com, o que muitos fãs da série consideram, uma terrível adaptação do arco dos quadrinhos Flashpoint/Ponto de Ignição que consiste em Barry Allen retornado ao passado e salvado sua mãe, Nora Allen, de ser assassinada pelo vilão-velocista Flash-Reverso. O mesmo aconteceu no último episódio da segunda temporada da série, o personagem retornou no tempo, salvou sua mãe de ser assassinada e consequentemente, criou uma nova realidade, mas, o que não aconteceu foi a apresentação desta realidade do mesmo modo em que aconteceu nos quadrinhos.
 Se em Arrow, a quinta temporada foi a “Temporada dos Legados”, em The Flash, a terceira temporada foi a “Temporada das Consequências do Flashpoint/Ponto de Ignição”. Afinal, mesmo a realidade alternativa tendo aparecido por completo em apenas um episódio e parcialmente em episódios seguintes para a explicação de algo que estivesse acontecendo na realidade “verdadeira”, as consequências das mudanças na linha temporal percorreram a temporada inteira tanto em relação aos vilões, Doutor Alquimia (Vilão secundário da primeira parte da temporada) e Savitar, quanto em relação aos próprios personagens.
  Fazendo outra comparação a série-irmã. Se em Arrow, as motivações de Prometheus foram deixadas bem claras ainda durante o início da temporada, em The Flash, o mesmo não aconteceu, as motivações de Savitar (Principal vilão) só começaram a se desenrolar da metade para o final desta temporada, o que significa que toda a resolução da série se torna apressada, muitas vezes, mal explicada e de um modo geral, preguiçosa.
  Embora, a trama principal relacionada ao vilão Savitar e seu envolvimento na morte de Íris West, par romântico do protagonista e a personagem que está em perigo nesta temporada tenha sido um tanto quanto mal desenvolvida e preguiçosa, principalmente, na parte de explicar como o vilão realmente surgiu, as demais tramas foram excelentes. Entre elas, podemos citar a transformação de Caitlin Snow em Nevasca (Uma das consequências do Flashpoint/Ponto de Ignição e algo que os fãs sempre quiseram ver desde quando a personagem foi introduzida a série na primeira temporada) e o quanto isso afetou seu relacionamento, quase de irmãos, com Cisco/Vibro e seu relacionamento “amoroso”, que não foi tão desenvolvido, com Julian Albert; a de H.R Wells, uma versão alternativa de Harrison Wells da Terra-19, sendo perseguido pela caçadora de recompensas com poderes semelhantes de Cisco da Terra-19, Cigana, que formou um par romântico com o super-herói e fez uma excelente aparição no último episódio; e por último, a de transformação de Wally West em Kid Flash e o desenvolvimento de seu relacionamento amoroso com Jesse Quick, que entre o intervalo entre as temporadas, finalmente desenvolveu seus poderes de velocidade. O que todas essas tramas mostram é que mesmo que uma temporada ruim aconteça, a relação bem trabalhada e desenvolvida entre os personagens há manterá.

  Mesmo a temporada tendo sido apressada e cheia de explicações um tanto preguiçosas há momentos e episódios excelentes que se devem ser levados em consideração, dentre eles, podemos mencionar a presença maior da Força de Aceleração, a referência ao encontro entre Wally e Barry nos quadrinhos de DC Renascimento, as cenas de Nevasca (Mesmo algumas vezes apresentando um GCI muito abaixo), a batalha entre gorilas nos episódios-duplos, o controverso crossover musical entre Supergirl e The Flash, a viagem de Barry ao futuro onde ele pode ver as consequência que a morte de Íris causará, e a introdução de mais dois vilões da Galeria de Vilões, Mestre dos Espelhos e Pião, que foi retratado em uma versão feminina. 
 Além disso, é plausível o fato dos roteiristas terem juntado dois péssimos vilões dos quadrinhos, Flash do Futuro e Savitar, e tê-los unidos em um único vilão que tinha um grande potencial para ser superior até mesmo ao Flash-Reverso, mas, que infelizmente, não excedeu as expectativas. 
 O fato de em todas as temporadas o vilão ser um velocista está se tornando um tanto quanto cansativo, chegou o momento em que os roteiristas devem apostar em novas ameaças, em nossos desafios, em fatores que realmente comessem a fazer a diferença dentro da trama. O que a quarta temporada irá apresentar? Ninguém ainda sabe, mas, muitos fãs desejam que seja algo inovador e desta vez bem trabalhado. 
  

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